Investigadores traçaram uma possível ligação entre o aumento da taxa de doenças autoimunes e o aumento da quantidade de aditivos alimentares utilizados em certos alimentos processados.
Uma doença autoimune surge quando o sistema imunitário ataca as células saudáveis do próprio indivíduo. Este ataque origina danos nos tecidos e pode causar anomalias em órgãos importantes como o coração, os pulmões, os rins e o fígado. São exemplos de doenças autoimunes muito conhecidas a diabetes mellitus tipo 1, doença celíaca, artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla, doença de Crohn, entre outras.
Considerando uma possível ligação entre o aumento do consumo de alimentos processados e as doenças autoimunes, foi realizado um estudo para verificar se existe alguma relação entre essas duas variáveis.
Nesse estudo os investigadores incluíram sete aditivos alimentares: sódio, glucose, solventes de gordura, glúten, partículas nanométricas, ácidos orgânicos e transglutaminase microbiana (enzima utilizada na indústria alimentícia para alterar a consistência do alimento original, através da polimerização das proteínas).
O estudo mostrou que as junções de oclusão das paredes do intestino ficaram debilitadas devido a esses aditivos. A consequência é que essa debilidade permite que as bactérias intestinais (o microbioma intestinal) e outros corpos estranhos passem para a corrente sanguínea. Pensa-se que a concentração desses agentes patogênicos no sangue está associada com o desenvolvimento das doenças autoimunes.
Pode ser, por conseguinte, que alguns alimentos processados, se ingeridos regularmente, estejam relacionados com certas doenças, especialmente doenças associadas com o envelhecimento. Mais pesquisas serão necessárias para confirmar (ou desmentir) se essa correlação pode ser estabelecida como causa definitiva.
Para terminar apenas quero alertar que no contexto da Dieta Alcalina os alimentos processados são classificados como “extremamente acidificantes” e por isso o seu consumo deve ser muito restrito.